segunda-feira, 22 de junho de 2015



Em busca de uma aula mais dinâmica referente à produção de texto, trouxe como sugestão uma atividade relacionada ao conto “Contos em letras garrafais” da autora Marina Colasanti, onde solicitei aos alunos que realizassem a reescrita do mesmo, criando as características do/da personagem, descrevendo traços físicos, e desenvolvendo sua personalidade, além da criação do cenário em a ação se desenvolve.

Contos em letras garrafais
Todos os dias esvaziava uma garrafa, colocava


dentro sua mensagem, e a
entregava ao mar.
Nunca recebeu resposta.
Mas tornou-se alcoólatra.
                                     (Marina Colasanti)

Como resultado dessa atividade, apresento para vocês alguns dos resultados obtidos.

O homem e suas garrafas

Era um homem aparentemente amargo, mas só de aparência, pois tinha um coração fraco. Ele tinha tudo que sonhara um dia: uma mulher amada, filhos adoráveis, casa confortável, emprego estável e família unida, mas preferiu os prazeres do mundo e ficou na solidão.
Sua vida se tornou um fardo. Desde que a esposa o largou, depois de ter se entregado a uma mulher da noite, ele andava largado, com a barba para fazer, os cabelos castanhos para cortar, e as roupas de marca para trocar. Largou o emprego, passou a vadiar pelas ruas, até se encostar em um bar na beira do mar.
Todas as noites, depois de ter bebido bastante, pedia a saideira junto com uma folha de papel. Nessa folha ele rogava, pedia e aclamava: “Por que tinha que ser assim?”. Pois é, meus caros, ele colocava esse papel na última garrafa e jogava ao mar. E todas as manhãs ele estava lá, á espera de uma resposta que nunca chegou.
Os dias passaram, o homem se tornou vagabundo, até que um dia a vida resolveu o levar, pois ela é assim, derruba todos, mas só permanece no chão quem quer. A história deste homem e suas garrafas ficaram perdidas em meio de tantas outras, que deixaram a tristeza vencer.

Iara Caliman Capelini - 1ª Série EM

Circunstâncias da vida 

Cabelos castanhos e lisos, olhos verdes, baixa estatura de 1,56 e pele de cor clara, são características que descrevem a personalidade de uma jovem chamada Alice, que com 18 anos, carrega consigo a angustia e a dor de uma terrível perda sofrida durante a sua infância.
Sempre reconhecida nos lugares onde passava, Alice demonstrava a todos simpatia e autoconfiança. Vivia rodeada de amigos por todos os lados, era dedicada aos estudos e obediente perante a família.
Aos 12 anos de idade a menina vivenciou momentos de tristeza, após seu pai ter sido levado as pressas ao hospital com fortes dores abdominais. Obtendo o laudo do exame realizado, os médicos diagnosticaram que ele apresentava em seu organismo o câncer de estômago, e que seria necessário realizar uma cirurgia, o mais rápido possível, devido ao agravamento da doença. 
A jovem e sua mãe aguardavam por repostas na sala de espera do hospital. Ao verem o médico aparecer no final do corredor, correram ao seu encontro. Ao saberem da triste notícia do falecimento de seu pai, minutos antes da aplicação da anestesia, a menina cai em desesperos aos braços da mãe.
Quatro anos após o incidente trágico, a vida e os pensamentos da jovem mantiveram-se intactos, não mudaram, ainda carregava em suas costas o peso da perda de seu ente querido. Foi quando, “más companhias”, a levaram para um caminho pedregoso e difícil de encontrar saída. Ela foi conduzida para o mundo do alcoolismo.
Após longos prazos do uso do álcool, Alice tornou-se dependente, tinha forte abstinência e pela bebida. Com padrões de consumo elevados, foi internada em uma clinica de recuperação. Seus quadros de melhora obtiveram resultados bons.
Hoje, com 18 anos, passou a tomar remédios sedativos para libertar-se do vicio. As garrafas que, ao longo do tempo foram esvaziando, guardou-as em seu quarto. E passou a escrever cartas todos os dias, dobrando-as, colocando dentro delas e jogando-as ao mar. Não sabe qual o destino da garrafa, mas espera que um dia possa retornar trazendo respostas de seu pai, que acredita que ainda esta presente neste mundo. 
Shara Parma - 1ª Série EM


De acordo com a sua opinião, levando em consideração a atividade desenvolvida em sala, cite: quais os mecanismos (vivencias cotidianas, memórias, livros, filmes e outros) utilizados para a criação da produção de texto? Quais são os maiores desafios encontrados para a elaboração da mesma?






Professora Cássia Manthaya Battisti

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Maioridade penal






2ª e 3ª séries do ensino Médio
A maioridade penal ou maioridade criminal define a idade a partir da qual o indivíduo responde pela violação da lei penal na condição de adulto, sem qualquer garantia diferenciada reservada para indivíduos jovens. O indivíduo é, pois, reconhecido como adulto consciente das consequências individuais e coletivas dos seus atos e da responsabilidade legal embutidas nas suas ações. A Constituição Brasileira define em seu artigo 228, que são penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos. No Brasil, esta idade coincide com a maioridade penal e menores de dezoito anos respondem por infrações de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente. A maioridade penal, por sua vez, não coincide, necessariamente, com a maioridade civil, nem com as idades mínimas necessárias para votar, para dirigir, para trabalhar, para casar e emancipação. A menoridade civil cessa em qualquer um destes casos.
Em muitos países, o indivíduo abaixo da maioridade penal está sujeito, a partir de certa idade, a punições mais leves, como advertência, atividades socioeducativas, trabalhos sociais, acompanhamento social ou psicológico, detenções ou internações em instituições correcionais ou reformatórios, etc., existindo em alguns casos tribunais ou varas de justiça específicas para o encaminhamento de acusações contra menores de dezoito anos.
A maioridade penal não coincide, necessariamente, com a idade de imputabilidade penal. Em muitos países, indivíduos com idade abaixo da maioridade penal são considerados penalmente imputáveis e respondem por seus atos de acordo com leis penais diferenciadas para acusados juvenis.
A comissão especial da Câmara dos Deputados que discute a maioridade penal aprovou nesta quarta-feira (17), por 21 votos favoráveis e 6 contrários, o relatório do deputado Laerte Bessa (PR-DF) que reduz de 18 para 16 anos a idade penal para os crimes considerados graves.
O relatório original previa a redução para todos os casos, mas, após acordo entre os partidos, o texto foi alterado para prever punição somente aos jovens que cometerem crimes hediondos (como latrocínio e estupro), homicídio doloso (intencional), lesão corporal grave, seguida ou não de morte, e roubo qualificado.
Pelo texto aprovado, jovens entre 16 e 18 anos cumprirão a pena em estabelecimento separado dos maiores de 18 anos e dos adolescentes menores de 16 anos.
O relatório pretende ser votado no plenário principal no próximo dia 30. Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), a matéria precisará de, no mínimo, 308 votos para ser aprovada. Se passar, ela terá ainda que ser votada em segundo turno na Câmara e depois em dois turnos no Senado.
(http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/06/)


E você é a favor ou contra a maioridade penal aos 16 anos? 
Professora: Tatiane S. Caliman