quarta-feira, 29 de julho de 2015

A transformação do Jornalismo





O fato é que, em pouco mais de uma geração, o jornalismo viveu profundas mudanças.

O jornalismo só se transformou em um meio de “massas”, no século 19, pois os Estados Unidos recebeu uma onda de imigrantes e precisaram adaptar seu jornalismo às necessidades de seu “cadinho de culturas”, no qual milhões de pessoas de diferentes lugares e antecedentes tiveram que se adaptar a ou assumir a identidade americana.

É assim, com o surgimento do jornalismo moderno, sua bagagem e “técnicas” foram transformadas e devidamente estudadas nas escolas de jornalismo. Por exemplo: todas as notícias devem conter um “o que, quem, onde, quando e como” ou “se um cachorro morde um homem” não é notícia, mas “se um homem morde um cachorro”, é, e assim sucessivamente.

No entanto, após uma análise cuidadosa, essas técnicas não ensinam como ser um jornalista melhor, mas indicam como empacotar a informação da maneira mais clara e atraente para o leitor médio.

Desde a criação dos meios de comunicação, um elemento muito importante da profissão jornalística é que você é responsável diante de seus leitores. Espera-se que você os ilustre, para que conheçam seu tempo e seu mundo. Pediu-se aos jornalistas que proporcionassem esse vínculo da maneira mais equilibrada e justa possível, apresentando seus textos com informações oriundas de diferentes pontos de vista e fontes.

Os jornais foram capazes de sobreviver ao surgimento do rádio e da televisão, com cada um desses três meios de comunicação adotando um caminho especializado. Mas, depois ficou bem claro, que o mundo da informação mudou muito, principalmente com a chegada da internet.

A internet marcou o começo de uma mudança de época. Pela primeira vez na história, as pessoas podiam ter acesso à comunicação. A informação é uma estrutura vertical, na qual poucos enviam fatos e pontos de vista a um grande número de destinatários, um processo em uma só direção que os regimes autoritários ou ditatoriais foram rápidos em utilizar para apoiar suas relações verticais com os cidadãos. Ao contrário, a comunicação é um processo horizontal, no qual os que enviam também estão prontos para receber. É por isso que a China tem 30 mil censores em tempo real para o monitoramento da rede.

Assim, o aparecimento da internet, transformou os meios de comunicação, desafiando a sociedade. Afinal, o
s novos meios de comunicação mudaram completamente o jornalismo. Já não basta noticiar fatos, é preciso conquistar o público por meio de fórmulas do espetáculo. E fica parecendo que os fatos é o que menos importa.





(Fonte: https://jarbas.wordpress.com / http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Midia/O-jornalismo-de-hoje-uma-escolha-entre-o-mercado-e-as-pessoas/12/30598)




> Como você vê essa transformação nos meios de comunicação? Explique de forma positiva ou negativa.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

JUSTIÇA COM AS PRÓPRIAS MÃOS


2ª e 3ª séries do Ensino Médio
Diariamente os telejornais de todo o país noticiam uma avalanche de crimes, que fazem as vítimas e/ou parentes, desesperadamente suplicarem: “eu quero justiça”! A dor é ainda maior, porque no momento mesmo da súplica, eles tem a triste certeza de que não serão atendidos.
A pena restritiva de liberdade, consoante o Código Penal brasileiro, se dá em virtude do indivíduo infringir as normas de convivência pacífica entre os homens. No século XVI, o filósofo inglês Thomas Hobbes, em seu livro Leviatã, pontuou que o estado natural do homem é a guerra, em virtude de desejarem as mesmas coisas, só podendo se adquirir a paz, mediante um Contrato Social, onde renunciariam suas liberdades ao Estado, passando a ser este o responsável pela aplicação da justiça. Como o Estado tem fracassado na sua missão, o estado natural do homem ressurge e o que se vê é uma violência espraiada por toda a sociedade.
O descrédito com o Poder Judiciário no Brasil, trás como consequência o aumento no número dos justiceiros. Pois se o Estado não me oferece justiça, a farei com as próprias mãos, é o que toma assento no inconsciente coletivo das pessoas vitimadas pela violência generalizada. Isso de fato não aconteceria se vigente fosse, o Contrato Social.
A sensação de impunidade fica clarividente, na letra da canção, Mãos, de Zeca Pagodinho, que diz: “pago pra ver queimar em brasas, as mãos de bacharéis, que não condenam o mal, que inocentam réus em troca do vil metal”.
Para nossa tristeza, esses justiceiros, fazem nosso país cada vez mais vil, que varonil.
O Brasil é de fato, o país da impunidade. Apresenta-se então, os seguintes questionamentos: qual a ideia que se tem sobre justiça? O que é a justiça? A quem cabe dar  essa justiça?

 
Professora Tatiane Smarçaro Caliman